terça-feira, agosto 28

A primeira consulta...

...foi hoje, aos 18 dias de vida. A minha princesinha pequenina está óptima! Cresceu 2 cms desde que nasceu, ou seja, está com 53 cms, percentil 75! Só com a maminha, já pesa 3840 kgs. Está linda e grande, a minha fofura.
A Mariana continua uma bebé muito boazinha mas, de vez em quando, faz umas birrinhas a lutar contra o sono. O problema é que não gosta de chucha (até lhe provoca vómitos) e lá vai a mama! Eu sei que estou a habituá-la mal, mas... O que hei-de fazer?
Ainda não faz intervalos certos entre mamadas, o que faz com que a próxima hora em que irei sacar a maminha para fora seja sempre uma incógnita.
Já olha para nós durante algum tempo, mas logo se distrai e procura outro foco de atenção. Detesta o banho, chora sempre durante quase todo o tempo em que este dura. Faz cocó sem problemas - é uma cagalosa e é um cocó em cada mamada. Cólicas nem vê-las, graças a Deus.
...
A mamã cá anda... Continuo com um ponto aberto (um agrafo ficou mal colocado, o que resultou na má cicatrização de um ponto), que deita líquido e tenho que desinfectar todos os dias. A costura ainda me dói um bocadinho, talvez por ter ficado mal curada. Continuo com os lóquios e, sinceramente, já não posso ver pensos à frente! Quando é que isto acaba?...
A barriga já está mais pequena, mas continua grande demais e descaída. Parece uma mini-barriga de avental, a cair exactamente por cima da costura. Arrrggghhh!!! Mas isto vai lá com o tempo...

sexta-feira, agosto 24

O parto

Já lá vão 14 dias, é melhor contar-vos como foi antes que me comecem a escapar pormenores, não é? Não há muito para contar, pois estive apenas 8 horas à espera que a Mariana nascesse, o que me parece pouquíssimo tempo em comparação com as 20 horas à espera da Elisabete. Ora cá vai:

No dia 9, Quinta-Feira, andei esquisita todo o dia. Fui almoçar com as minhas colegas de trabalho, mas não me sentia muito bem. Há já alguns dias que andava com dores nos rins e na barriga, muito semelhantes às dores do período mentrual e a barriga estava a pesar-me de forma exagerada nesses dias. Continuava a achar que a Mariana não viria ainda nessa altura, pois não sentia ainda as dores pélvicas, sinal de que ela estaria encaixada. Nessa noite, apeteceu-me comer melão e queijo fresco (ainda não tinha tocado num queijinho desde que engravidara) e o J. lá foi às compras para me fazer a vontade. Quando comecei a comer, a vontade foi-se e aquilo já não me soube muito bem. As dores continuavam.


Entretanto, ao fazer xixi, reparei que me tinha saído uma substância a que associei ao rolhão mucoso, apesar de não ter a certeza, pois não saíu todo de uma vez, mas saía aos poucos. Também não era raiado de sangue, como eu conhecia, mas todo cor-de-rosa, homogéneo e com uma consistência semelhante a um corrimento abundante e ligeiramente espesso. Ainda assim, embora soubesse que, da primeira vez, a ruptura do saco amniótico ocorrera apenas horas depois da saída do rolhão, fiquei convencida que estaria dias a fio a perder o rolhão e que o parto teria que ser provocado.


Já na cama, acordei às 3h da manhã (dia 10, já) com vontade de fazer xixi. Estranhamente, não me queria levantar pois só me vinha à cabeça que tinha que evitar que as águas rebentassem. Lá aguentei o xixi e, quando não aguentei mais, leventei-me muito, MUITO devagarinho e fui a passo de caracol para a casa de banho (estava mesmo a tentar evitar que se rompesse a bolsa). Assim que cheguei, senti um liquido quente a escorrer-me pelas pernas. Pensei "Ai, rebentaram-me as águas" mas, ao mesmo tempo, pensei "não, fiz xixi pelas pernas abaixo." Então, para confirmar que era xixi, sentei-me na sanita e fiz. A vontade continuava e o xixi saiu normalmente e parou. Pronto, assim confirmei que era liquido amniótico que estava a sair. Ainda mais, assim que me levantei da sanita, o liquido continuou a sair. Chamei: "J., anda cá e traz uma esfregona!" Ele manteve-se sempre super calmo. Disse-lhe que não havia pressa, que ía tomar uma banhoca e que, depois, lá iríamos para a maternidade. E assim fiz. Às 4h e pouco dei entrada no HSFX. O médico fez-me o toque. Nada de dilatação mas, com ruptura de membranas, iria ficar internada. A enfermeira veio, deu-me 2 clisteres, um saco para pôr a minha roupa, uma bata e uns chinelos e disse-me para tomar um duche (bah, já tinha tomado em casa!). Nada de depilação, já não fazem.


Quando fiquei despachada, leveram-me para uma sala onde se faz a dilatação e o parto. Uma sala enorme, só com uma cama, um balcão de trabalho, uma cadeira para o acompanhante e um berço, onde me ligaram ao CTG e a soro. Pediram-me a roupinha para a Mariana e colocaram-na em cima do berço (achei isto tão ternurento). Ligaram o rádio, para ouvir uma musiquinha, deixaram o papá entrar e ficar comigo todo o tempo.


Não se passou nada de especial durante umas horas. Lá ficámos, a conversar, com interrupções para o J. ir buscar a arrastadeira para eu fazer xixi. Foram litros e litros! Heheheh! Só sentia aquelas dorzinhas que já sentia há dias e o CTG não acusava contracções. Nada que me espantasse, a história repetia-se. Cerca das 9h da manhã, veio uma equipa para avaliação das parturientes. Ouvi-os comentar que já tinham 4 cesarianas prováveis nesse dia. A enfermeira então, falou de mim: "Ruptura de membranas às 3h da manhã, não há progressão de trabalho de parto, cesariana anterior também por falta de progressão de trabalho de parto....". O médico fez uma careta e a enfermeira lá disse, com um sorriso para mim: "Ah, mas esta é uma Mariana que vai ser despachada!!". O médico fez-me o toque e veio a sentença: "Esta não tem hipótese... Não tem dilatação, o bebé é grande e a cabeça está muito subida..." E saiu. Sairam todos.


Passado um bocadinho, a enfermeira voltou e disse-me que, apesar de eu estar ali há menos horas, a minha cesariana era certa e as outras prováveis, de maneira que, assim que saísse uma senhora do bloco operatório (que era urgentíssimo), eu entraria logo. E assim foi. Umas horitas depois (umas 2), vieram buscar-me.


O pessoal era muito simpático e prestável e o pessoal do bloco operatório não era excepção. Todos brincalhões, a tentarem deixar-me à vontade. Detestei a epidural. Achei horrível a picada em si (fui picada 4 vezes porque, segundo o anestesista, estava com um edema enorme nas costas, o que dificultou a aplicação), e não gostei da sensação depois. O efeito é imediato e, quando voltei a deitar-me, já tiveram que me pegar nas pernas, pois já não as sentia. Tive uma quebra de tensão e estive todo o tempo de olhos fechados a tentar abstrair-me do facto de estar ali com a barriga aberta e consciente. É uma sensação estranhíssima e desagradável. Mas tudo passou quando senti uns safanões e uma pressão nas costelas e, logo de seguida, uma espécie de miar de gatinho. Percebi logo que era a minha filha a chegar a este mundo! Baixaram o pano verde e disseram "Olhe, agora, é a sua filha!". E lá estava ela, branco-arroxeada, sujinha de sangue, de pernas para o ar e de costas para mim, presa pelos pézinhos. Comecei a chorar de emoção (e já estou, novamente, só de escrever isto). Nasceu às 12h 14m do dia 10, com 3,475 kgs e 51 cms, com 38 semanas e 2 dias. Levaram-na, aspiraram-na e limparam-na com um pano (é tudo feito à nossa frente, eles não desaparecem da nossa vista) e trouxeram-na, embrulhadinha e encostaram-na à minha bochecha, durante um bocadinho. Falei com ela enquanto chorava. Ouvi o anestesista dizer "Isto sim, por cenas destas, vale a pena...". Soube, horas antes, que a cesariana anterior não teria corrido muito bem.

Voltaram a levar a minha menina e fizeram-lhe testes. Eram cerca de 4 pessoas de volta dela. O pediatra virou-se para mim e fez-me o sinal de O.k. Fiquei tão aliviada... Enquanto me cosiam, o pediatra veio ter comigo e disse "Parabéns, é uma perfeição!". Voltei a chorar de alegria. Devem ser as palavras mais bonitas de se dizer a uma mulher que acabou de dar à luz! Levaram-me para o recobro, ligaram-me a uns aparelhómetros e trouxeram a minha bebé que, imediatamente, começou a mamar! Linda, linda! Ainda suja, mas linda. Soube, pela enfermeira que me pediu a primeira roupinha, que não lavam os bebés de cesariana, não sei porquê. Chamaram o papá para ao pé de nós, e foi lindo apresentar a Mariana ao papá. Ele chorou de emoção. Fiquei no recobro cerca de 2 horas, mas parece que foram apenas uns minutos. O tempo passou a correr, ali.

Finalmente, fomos para a enfermaria. Claro, as dores eram incomodativas, a recuperação não é fácil, já se sabe. Levantaram-me às 7.30h da manhã do dia seguinte e não senti tonturas. Ajudaram-me a tomar um duche. Foram sempre extraordinários e muito atenciosos, desde às auxiliares, passando pelas senhoras do catering aos médicos e enfermeiros.

Achei pior os primeiros dias em casa do que os primeiros dias na maternidade. Fiquei em baixo, fisica e psicologicamente. Quando fui tirar os agrafos, estes não tinham ficado muito bem colocados, o que me deixou a costura com pele sobreposta, ou seja, vou ficar com uma cicatriz grossa e feia. O que vale é que não se vê. Isso provocou-me algumas dores, que duram até hoje.

Já perdi algum peso, estou quase com o peso que tinha antes de engravidar. Mas a barriga continua grandota e está flácida. Ainda só passaram 14 dias, estou com esperança de que ainda vá ao lugar.

A minha filhota é linda e boazinha, Só acorda quando quer comer e raramente chora. É capaz de ficar muito tempo sossegada e acordada na caminha, como está, neste momento. Não tem cólicas, arrota e faz cocó a cada mamada. As poucas vezes que "chora" (nem é bem chorar, é reclamar um bocadinho), é porque não gosta muito de entrar na água do banhinho e porque quer um bocadinho de cólinho. Um anjinho! A mana está encantada, embora, por vezes, fique aborrecida de ter que estar tanto tempo fechada em casa connosco. Ajuda-me bastante, já muda fraldas e põe a Mariana a arrotar. Uma mulherzinha. Estou no paraíso!


quinta-feira, agosto 16

A razão da minha ausência


Os meus horários dependem dela e ainda estou um bocadinho dorida. Assim que tiver mais tempo, venho aqui contar-vos como tudo correu.
Beijinhos para todos e muito obrigada pelas palavras que me deixaram!

sexta-feira, agosto 10

Tcharam

Povo de Sucupira......bem, não era bem assim, pessoali, bem, não interessa, oiçam todos, a princesa do reino de nossa casa já nasceu. Nasceu com 3.475, teve de ser cesareana.Não há palavras para descrever o que sentimos quando vemos o resultado de duas pessoas que se amam, uma menina linda e adorável. Nunca pensei que ser pai fosse tão especial, não tenho palavras, e a unica coisa que me vem à cabeça é "ela é minha filha, como é possivel?", cada vez que oiço aqueles barulhinhos adoráveis, só penso, "que fofura do papá", ai ai.... Sinto-me um homem com sorte, pois tenho uma mulher que me ama, e que eu amo, uma filhota que é como se fosse minha, e outra filhota agora tão linda como a irmã.

Apresento-vos a luz dos meus olhos, a minha linda filha.

Obrigado, obrigado por esta vida que tenho.

SOOOOOUUUUUUUU FELIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIZZZ!!

Ass. J

quinta-feira, agosto 9

Será que vai esperar pela mana?...

Desde há 3 horas que me está a sair o rolhão mucoso. Muito diferente do que me saíu antes do parto da Elisabete, que era espesso, branco com veios rosados, e que saíu todo apenas de uma vez. Desta vez está a sair aos poucos, começou por ser acastanhado e, agora, é cor-de-rosa, homogéneo. Ah, e não é muito mais espesso que um corrimento mais abundante.
Esta noite dormi sempre com dores de barriga semelhantes às do período mentrual e hoje já senti algumas contracções, embora indolores. Acho que a Mariana quer esperar a mana já cá fora!

Para ficar gravado, aqui fica a minha posição no Baby Boom:



quarta-feira, agosto 8

38 semanas!

E sinto-me óptima! Em boa hora entrei de atestado, pois sinto-me muito mais calma e durmo muito melhor. Tenho aproveitado para descansar bastante (coisa que vai ser difícil fazer depois da Mariana nascer): fico na caminha até me apetecer e durmo sempre cerca de 1 horinha de tarde.

A barriga está enorme e a minha bebé, depois de uns dias mais sossegada, voltou a andar numa agitação constante, nos últimos 2 dias. Tenho as estrias mais compridas e, agora, também já me apareceram umas novas de lado. Paciência, é por uma boa causa e eu também não vou concorrer ao Miss Praia 2008! Pior que as estrias é mesmo a gordurinha que se acumula nas coxas!
Na gravidez da Elisabete, por esta altura, mais 2 dias e estava na maternidade, depois de ruptura da bolsa de águas. Não sei quanto tempo mais esperarei, ou se será mesmo dia 15 que a Mariana chega, mas o certo é que a médica do Centro de Saúde se enganou ao dizer-me que o parto seria antes das 38 semanas.
Sexta-Feira tenho consulta com o Dr. Fernando Cirurgião para avaliação e CTG. Era bom que víssemos como está a minha pimpolha, tenho tanta curiosidade...
A minha barrigota está assim:

A minha filhota mais velha lá continua de férias, toda feliz da vida. Fico contente por ela mas, ao mesmo tempo, ando com umas saudades enormes. Ontem, e como ela não estava a ligar-me muito ao telefone, pois queria ir brincar, tive uma crise de choro. Parecia que a minha menina já não precisava de mim para nada! Olhem, ando uma parvinha chorona, isso é que é verdade! Mas eles não ficam bebés para sempre, a mamar na maminha e a chamar mãe! de cada vez que caem! É tão bom vê-los crescer mas, ao mesmo tempo, parece que o cordão vai esticando, esticando, até que os vemos afastarem-se de nós para longe... É a vida!

Bem, para me animar, quero dar os parabéns à mamã Eduarda, que já tem o seu Repolhinho Rodrigo nos braços! Aí está uma notícia que me deixou tão feliz, logo cedo!

quarta-feira, agosto 1

37 semanas

Aqui estou, a 14 dias, no máximo, de ter a minha menina nos braços. Só dia 10 tenho consulta, para avaliação e CTG. Estou tão ansiosa por ver a Mariana, mais uma vez. Cinco dias depois, o médico induzir-me-à o parto. Isto se a minha bebé não quiser conhecer-me mais cedo, claro. Se saír à mana, virá mesmo mais cedinho que dia 15 para os braços dos papás!
Já me sentia saturada de estar no trabalho. Não estava particularmente cansada, mas apenas sem a mínima paciência para estar lá. Assim, ontem fui ao Centro de Saúde e pedi atestado. A médica queria que eu ficasse logo em casa ontem, mas ainda fui ao serviço despachar umas coisas. Também me disse que eu não iria aproveitar muito do atestado porque a Mariana viria antes das 38 semanas. A ver vamos... Hoje já estou em casa. Estive a passar a ferro, sempre em frente à ventoínha, claro (não passo sem a ventoínha, nem de noite nem de dia). Parece que estou com receio de ir para a maternidade e não ter a casa arrumada e limpa e a roupa em dia. Acho que chamam a isto instinto de nidação, que quer dizer preparar o ninho para a chegada da cria. Eu já não consigo fazer grande coisa (o papá é um bocado preguiçoso e tenho que lhe pedir mil vezes para fazer o que está para fazer, o que me enerva bastante) mas, pelo menos, consigo passar a ferro às prestações e é isso que vou aproveitar para fazer nestes dias.
Ainda não sinto dores nos ossos púbicos. Acho que a minha menina ainda não encaixou. Também a sinto menos, o que faz com que conte realmente os movimentos e aponte a hora a que senti os 10. Da Elisabete nunca fiz isso, nunca senti necessidade pois ela mexia-se todo o tempo.
Falando em Elisabete, a minha princesinha mais velha, estou cheia de saudades dela! Foi de férias com o pai para Marbella, toda feliz da vida. Fartei-me de chorar depois dela sair. Incrível como, à medida que o tempo passa, vai custando mais e mais estar sem ela. Sempre pensei, depois do divórcio, que me fosse habituando, mas não. Custa é cada vez mais! Ela só chega dia 13, dois dias antes da data do parto. Gostava tanto que a Mariana esperasse pela mana para nascer...